segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Tropa de Elite pode virar seriado de TV


José Padilha, em entrevista no programa Roda Viva, exibido pela TVE em 09 de outubro de 2007, praticamente descartou a possibilidade de uma continuação do filme no cinema. Mas, para os fãs do filme, que torcem para que haja Tropa de Elite 2, a boa notícia é que talvez Tropa de Elite vire seriado de TV. José Padilha revelou que há interesse por parte das emissoras. Como palpite, acredito que a Rede Globo e Rede Record disputarão a obtenção dos direitos para produzir e exibir Tropa de Elite como seriado de TV.

No programa, José Padilha elogiou o trabalho do ator Wagner Moura, dizendo que o filme não seria o mesmo se a interpretação do ator não fosse como foi. Também foram debatidos no programa assuntos como descriminalização das drogas, na qual Padilha se mostrou favorável a idéia, enfatizando que os locais onde há tráfico de drogas, além de outros males, são os locais onde há maior número de homicídios. Também foi debatido o assunto “pirataria”, na qual Padilha se mostra contra a prática, alertando que juntamente com a “pirataria” vêm outras práticas, como corrupção e sonegação de impostos. Tropa de Elite foi alvo de distribuição de cópias piratas antes de sua estréia. Padilha disse que viu até “cinema pirata” improvisado exibindo seu filme em Niterói. O cinema pirata era uma tv na calçada com bancos para que a “platéia” pudesse sentar e assistir seu filme confortavelmente.

Também, no debate, foram discutidas as práticas de violência no Rio de Janeiro, onde há, indiscutivelmente, poderes paralelos instalados nas favelas da cidade. Padilha disse que durante as filmagens de Tropa de Elite, por vezes presenciava traficantes armados próximos às filmagens.

Vale a pena ir ao cinema assistir Tropa de Elite, pois, se não retrata a realidade, está bem próximo a ela. O elenco, encabeçado por Wagner Moura, dá um show do início ao fim. A atmosfera é violenta e realista, tendo como pano de fundo a guerra entre traficantes e policiais, que permeia há décadas o Rio de Janeiro. Fruto de uma sociedade doentia que se acostumou ao barulho dos estampidos de fuzis e “traçantes” rasgando o céu da cidade.

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